Abstract
Objetivo: Descrever o perfil alimentar e estado nutricional de pacientes depressivas internadas em um hospital de pequeno porte do sul de Santa Catarina. Métodos: este estudo foi avaliado pelo Comitê de Ética e Pesquisa da Universidade do Sul de Santa Catarina, e aceito através do parecer número 3.431.253, e foi realizado um estudo com mulheres depressivas, através de questionários com perguntas relacionadas aos dados sociodemográficos e hábitos alimentares. Foram aferidos peso e altura para avaliação do estado nutricional. Resultados: Foram avaliadas 29 mulheres com idade entre 18 e 67 anos, com média de 42,2±12,0 anos. Em relação aos hábitos alimentares, identificou-se um consumo calórico de um dia usual abaixo das necessidades por 58,6%, com consumo abaixo das necessidades em maior parte dos micronutrientes Cobre, Magnésio e Vitamina B9. Identificou-se o consumo de margarina por 37,9% e de refrigerantes por 34,5% das entrevistadas. O consumo diário de frutas foi relatado por menos da metade (48,3%) e o de verduras e legumes por 65,5%. Encontrou-se IMC médio de 28,5±6,5kg/m, e alta taxa de excesso de peso (69%). Conclusão: Encontrou-se alta prevalência de excesso de peso não associada à dieta hipercalórica, podendo obter relação com a utilização de medicamentos antidepressivos ou ao tipo de alimento consumido. Em relação aos hábitos alimentares inadequados entre as pacientes, pode-se dizer que são necessárias melhores estratégias nutricionais, visando uma alimentação saudável a ser utilizada como aliada no tratamento do transtorno, além de uma melhor qualidade de vida.
Publisher
Revista da Associacao Brasileira de Nutricao - RASBRAN
Reference33 articles.
1. Maratoya EE, Carvalhaes GC, Wander AE, Almeida LMMC. Mudanças no padrão de consumo alimentar no Brasil e no mundo. Rev Política Agrícola. 2013; 22(1):72-84. Disponível em: https://ainfo.cnptia.embrapa.br/digital/bitstream/item/86553/1/Mudancas-no-padrao-de-consumo-alimentar-no-Brasil-e-no-mundo.pdf
2. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Pesquisa de Orçamentos Familiares 2008-2009: Antropometria e estado nutricional de crianças, adolescentes e adultos no Brasil. Rio de Janeiro: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística; 2010.
3. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Pesquisa nacional de saúde 2013: percepção do estado de saúde, etilos de vida e doenças crônicas. Rio de Janeiro: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística; 2014.
4. World Health Organization. Depression and other common mental disorders: global health estimates. Geneva: World Health Organization; 2017.
5. Manosso LM. O papel do zinco no transtorno depressivo maior. Rev Bras Nutr Func. 2019; 78(43):8-19. doi.org/10.32809/2176-4522.43.78.01. Disponível em: https://www.vponline.com.br/portal/noticia/pdf/e802b80f430d34f1edafcd82969638f8.pdf.