Abstract
O objetivo desse artigo é analisar como o perfil da força de trabalho de uma cooperativa de cafeicultores certificada pelo Fairtrade, tem potencial para influenciar no projeto híbrido de organização. A discussão teórica está fundamentada no hibridismo organizacional e no movimento do comércio justo instituído pelo sistema Fairtrade. A investigação foi conduzida de forma qualitativa, a partir de um estudo de caso realizado em uma cooperativa do interior do Espírito Santo. A coleta de dados foi realizada tendo como base a triangulação de entrevistas semiestruturadas; realizadas com os membros da cooperativa, observações; realizadas nas dependências da organização e propriedades rurais dos cooperados e, documentos; fornecidos pela organização. A análise dos dados foi desenvolvida pela técnica de análise de conteúdo com o uso do software Atlas.ti. Os principais resultados apontam para a formação de um perfil influenciado pelas demandas da comunidade local, como meio para alinhar os interesses particulares ao propósito da certificação, subvertendo assim aos interesses de mercado para imprimir sua identidade e garantir a atuação de forma híbrida.
Publisher
IBEPES (Instituto Brasileiro de Estudos e Pesquisas Sociais)