Abstract
O presente artigo se constitui por encontros formativos tramados em redes de conversações e ações complexas (CARVALHO, 2009) com docentes em torno da pergunta: por que escrevo? Uma pergunta que mobilizou docentes – atuantes em turmas de 4º ano do ensino fundamental público e municipal de Serra, Espírito Santo – a problematizar e expandir seus conceitos de escrita e leitura na educação, provocados por signos artísticos e pelo exercício da escrita. Metodologicamente se baseia na cartografia (DELEUZE; GUATTARI, 1995), uma performance de pesquisa composta que acompanha os processos de subjetivações. Mobiliza como instrumentos de produção de dados: as narrativas e as oficinas de escrileituras docentes, ao convocar a escrita de si por meio da produção textual durante os encontros formativos. Como intercessores teóricos, recorre aos estudos de Corazza (2012), Foucault (2008), Deleuze (2003) e Larrosa (2002). Como considerações emergentes, destaca que os encontros formativos docentes desejam se desenvolver de modo conectado ao cotidiano escolar, politicaspráticas coletivas. Indica ainda os múltiplos agenciamentos que atravessam as práticas pedagógicas e a relação de escrever e ler por professores, o que fortalece a possibilidade da insurgência docente como escrileitora de si e do mundo, pois força a pensar a educação diferentemente do que se pensa.
Publisher
Universidade Federal de Mato Grosso do Sul
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