Abstract
O estabelecimento da imprensa no Maranhão (1821) inaugurou no processo político da província uma nova realidade assinalada pela crescente participação da opinião pública no jogo do poder. Dessa forma, de novembro de 1821 até 1826, a tipografia ficou sob o controle do governo, que a usou para difundir e defender os princípios constitucionais/vintistas e os atos da administração provincial. O léxico político alarga-se e complexifica-se. Contudo, é reveladora a tarefa cívica e pedagógica iniciada pelo jornal O Conciliador do Maranhão em prol da necessidade de incutir melhor certos conceitos políticos tidos por fundamentais para a sociedade maranhense. Assim na imprensa no teatro sentiam-se os ecos da mudança política e estes pareciam assumir um papel pedagógico de educar a sociedade para o exercício do jogo político do Estado e da Nação moderna.