Abstract
Considerando o grupo específico de jovens adultos(as) em Portugal, o artigo visa perceber se e de que forma as aplicações móveis interferem com as identidades de género e as práticas sexuais. A abordagem metodológica adotada é quantitativa, operacionalizada através de um inquérito por questionário a uma amostra representativa (N=1500) de jovens (18-30 anos). Os resultados indicam que a orientação sexual influencia os comportamentos relacionados com a intimidade e os imaginários das identidades sexuais e de género. Atendendo à forma como as aplicações móveis são incorporadas no quotidiano, constata-se a relevância do género com 66,2% dos(as) participantes a designar o género nas aplicações e 37,9% a afirmar que este é a representação da sua identidade. Os resultados mostram ainda que 19,2% dos(as) inquiridos(as) menciona que não há opção para o género com que se identifica, pelo que é possível inferir que as interfaces digitais podem limitar ou impor imaginários normativos.
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