ENCEFALOPATIA TRAUMÁTICA CRÔNICA: DOENÇA QUE AFETA OS JOGADORES DE FUTEBOL AMERICANO

Abstract

O futebol americano, esporte de alto rendimento nos Estados Unidos desde os anos 90, revela o surgimento de problemas consequentes da violência nesse meio esportivo. A presença de choques mecânicos no crânio pode resultar em Encefalopatia Traumática Crônica (ETC), considerada uma síndrome neurodegenerativa. A prevalência e a incidência da doença são maiores nos cérebros de atletas da National Football League (NFL), assim como aos amadores e comparando com os não praticantes que tem baixos índices. Este artigo é uma revisão integrativa sistemática da literatura e utilizou a Biblioteca Virtual em Saúde (BVS) e Pubmed para acessar informações científicas sobre as seguintes palavras-chaves: Encefalopatia Traumática Crônica; Futebol Americano; Concussão Encefálica. Na análise consta artigos (últimos 5 anos) em inglês e somente um em português, incluindo fatores de risco, estudos observacionais, diagnósticos, prevalência e incidência da ETC. Além disso, foram seguidos os critérios de identificação, seleção, elegibilidade, inclusão e exclusão. Os estudos apontam para a relação entre a exposição de impactos mecânicos no esporte e a manifestação da encefalopatia, visto que a alta incidência de ETC está em jogadores da NFL, principalmente, na posição de “running back”. Dessa forma, os times adotam a estratégia de trocar as posições dos esportistas, como meio de reduzir o desgaste físico. Além disso, foi constatado o baixo fluxo sanguíneo no cérebro de atletas, tal como a redução da expectativa de vida deste público portador da síndrome, sendo que o reconhecimento da doença pode ocorrer por meio da utilização de interleucina-6 (biomarcador sensível). A existência da proteína denominada de tau hiperfosforilada perivascular em neurônios, no córtex do encéfalo também é um fator para o diagnóstico de ETC. A Encefalopatia Traumática Crônica no futebol americano mostra uma prevalência constante independente dos meios de atuação na carreira profissional ou amadora, decorrente da vulnerabilidade aos choques e dos impactos violentos na cabeça.