Author:
Santana Natan Augusto de Almeida,Pimentel Ana Luiza Machado Ribeiro,Cavalcante Lara Labre,Costa Marcelo Henrique de Menezes,Barbosa Annelyse Vitória Souza,Fonseca Érika Lorrayne Ferreira,Bandeira Fábio do Couto,Dib Maria Clara Rocha Elias
Abstract
INTRODUÇÃO: O estrabismo é o defeito neuromotor ocular caracterizado pelo desvio de qualquer eixo visual e podem ser classificadas dependendo do tipo de desvio apresentado como a esotropia (desvio para o eixo medial) e exotropia (desvio para o lateral). O estrabismo pode ser um defeito congênito ou adquirido, se manifestando no indivíduo ainda na idade infantil, estando estatisticamente mais relacionado com parto prematuro, doenças sistêmicas, síndromes genéticas e história familiar de estrabismo. Além disso, em adição ao método cirúrgico para correção dos estrabismos, ocorre também o uso da toxina botulínica, em um processo chamado quimiodenervação. Dessa forma, esta revisão aborda os principais achados e prognósticos do uso da toxina comparando com os resultados que são obtidos no processo cirúrgico em crianças. OBJETIVO: Compreender a efetividade do uso da toxina botulínica no tratamento dos diferentes tipos de estrabismo e avaliar se há diferença significante entre o uso da toxina e a terapia cirúrgica no tratamento do estrabismo. MÉTODOS: Trata-se de uma revisão da literatura, na qual os artigos foram selecionados na base de dados do PubMed. Os descritores utilizados foram “strabismus AND botulinum toxin’’. Os filtros aplicados foram: 10 years, clinical study e child (birth-18 years), sendo selecionado 10 artigos. RESULTADOS: De acordo os resumos dos artigos os resultados indicaram que a taxa de sucesso não foi significativamente diferente no pós-tratamento 6 meses. A regressão logística mostrou resultados estatisticamente significantes entre resultado de sucesso e menor idade, maior desvio pré-injeção, desvio de um mês pós-injeção e ptose grave. As complicações incluíram hemorragia subconjuntival e ptose. A toxina botulínica é pelo menos tão eficaz quanto a cirurgia no tratamento da esotropia concomitante de início agudo aos 6 meses, reduzindo a duração da anestesia geral e os custos de saúde. A injeção de toxina botulínica tem um bom efeito na AACE em adultos com estrabismo mínimo e moderado e em crianças, tendo efeitos similares com o da técnica cirúrgica. Os resultados demonstram a viabilidade, simplicidade e segurança potencial deste protocolo no tratamento da esotropia infantil. Mais estudos serão necessários para refinar esta técnica e melhorar a eficácia das injeções de BTA, reduzindo as complicações adversas, ajustando as doses e/ou a proporção de volume de BTA e SH. A toxina botulínica é uma opção eficaz para a reabilitação visual em pacientes com lesão cerebral e previne a progressão de mais alterações cerebrais secundárias ao estrabismo. O estudo convence que o uso do ácido hialurônico em associação com a toxina botulínica deve ser usado em todos os pacientes que irão passar pelo procedimento com o intuito de corrigir o estrabismo em crianças. CONCLUSÃO: O uso da toxina botulínica para o tratamento do estrabismo é uma opção profícua, uma vez em que ela atinge resultados similares aos cirúrgicos, com um menor custo e maior praticabilidade. Contudo, faltam estudos para refinar a dose terapêutica e evitar as reações adversas.
Publisher
South Florida Publishing LLC