LEVANTAMENTO BIBLIOGRÁFICO DOS COMPOSTOS QUÍMICOS COM ATIVIDADE ANTIOXIDANTE E ANTIMICROBIANA PRESENSTES EM Arrabidaea chica (HUMB. & BONPL.) B. VERLOT (BIGNONIACEAE)

Abstract

A espécie vegetal Arrabidaea chica, popularmente como pariri, cipó-pau ou crajiru, destaca-se por suas diversas propriedades medicinais. Dentre elas, a possibilidade de uso no tratamento de inflamações uterinas, sífilis, leucemia, conjuntivites, diarreias, cólicas intestinais, psoríase, impigens, úlceras, prevenção contra cáries dentre outros. Apesar de ser um organismo amplamente estudado, o número de monografias, dissertações, teses e artigos que abordam essa espécie nos últimos dez anos não ultrapassa cinquenta e cinco, e essa quantidade é ainda menor no Amazonas. Nesse contexto, este estudo tem como objetivo analisar, por meio de levantamento bibliográfico, os compostos químicos presentes nas folhas e hastes da A. chica responsáveis pelas atividades antimicrobiana e antioxidante. O método empregado baseia-se em pesquisa exploratória-descritiva de artigos disponíveis nas bases SciELO e Google Acadêmico, abrangendo o período de 2004 a 2022, com enfoque em atividade antimicrobiana e antioxidante. Foram identificados 20 artigos que indicam a predominância de substâncias da classe dos flavonoides, os quais exibem atividade antioxidante e antimicrobiana contra diversos patógenos, incluindo Trichophyton mentagrophytes, Candida albicans, Staphylococcus aureus e Pseudomonas aeruginosa. Além disso, relatam-se atividades antianêmicas, anti-hipertensivas, anti-hepatotóxicas, antioxidantes, antitumorais, anti-inflamatórias, diuréticas e cicatrizantes. Dentre os flavonoides que são mencionados na literatura, têm-se a carajurina, carajurona, 6,7,3’-triidroxi-5,4’-dimetoxiflavílio, 6,7,3,4’-triidroxi-5-metoxiflavílio, 4’,7-diidroxi-5-metoxiflavona, 4’-hidroxi-3,7-dimetoxiflavona, carajuflavona, luteolina, kaempferol, vicentina-2 e acacetina. A partir do levantamento de dados realizado no presente estudo, almeja-se promover a disseminação do conhecimento e incentivar pesquisas biológicas e químicas sobre a A. chica na região do Alto Solimões no Estado do Amazonas.