Author:
Santana Natan Augusto de Almeida,Telho Neto Francisco Augusto,Rosa Júlia Grossi Sampaio,Parrode Ana Paula Figueiredo,Rocha Juliana Espíndola,Toledo Ana Maria Ferreira Cruz,Alves Marco Túlio Rocha,Pimentel Ana Luiza Machado Ribeiro
Abstract
INTRODUÇÃO: Os métodos de imagem são instrumentos intrínsecos para o rastreio e diagnóstico de alterações e com esses procedimentos, é possível analisar todo o organismo de forma ágil e assertiva. Além disso, existem patologias que apenas os métodos de imagem podem detectar com precisão, contribuindo, para o diagnóstico e tratamento precoces. Nesse sentido, será analisada a importância dessas ferramentas imagenológicas - por exemplo, a ultrassonografia - como aliadas durante o pré-natal para identificar malformações congênitas. OBJETIVOS: Analisar a literatura acerca do uso dos métodos de imagem durante o pré-natal para o rastreio e diagnóstico de malformações congênitas. METODOLOGIA: Trata-se de uma revisão sistemática da literatura especializada, na base de dados da PubMed, com os descritores: “Ultrasonography, Prenatal” AND “Neonatal Screening” AND “Congenital defects”, nos últimos 5 anos. Foram selecionados 17 artigos científicos. Foram incluídos apenas ensaios clínicos com texto completo gratuito dos últimos 5 anos, realizados em humanos. Foram excluídos 8 artigos, os quais não se enquadram nos objetivos propostos pelo estudo. RESULTADOS: Nesta revisão sistemática foram analisados artigos sobre o uso de métodos de imagem durante o pré-natal para o rastreio e diagnóstico de malformações congênitas. Os artigos abrangem diferentes tipos de estudos e com amostras pequenas e médias, variando de 55 à 8316. Referente à anomalias cardíacas o resultados do estudo que avaliou 55 lactantes com válvula aórtica bicúspide (VAB) concluíram que oUSG fetal mostrou-se positivos para uma avaliação melhor e mais detalhada sobre as características dos fetos com VAB, facilitando o diagnóstico precoce, conduta e tratamento. Outro estudo afirma que a realização das 5 avaliações para a detecção de anormalidades cardíacas congênitas, tem melhor custo-benefício quando avaliado o melhor cuidado do paciente. Um terceiro artigo indica que apesar da avaliação da USG com a ecocardiografia fetal demonstrar os melhores resultados como forma de rastreio para mulheres obesas e não-obesas, o modelo com maior custo-efetivo seria apenas a realização da ultrassonografia. Ademais, também foi visto que para identificação da veia umbilical direita persistente (PRUV) deve ser usado o screening com uso de doppler e USG tridimensional. Foi analisado que o uso de DNA livre de células (cfDNA) em gestações com translucência nucal fetal aumentada não é apropriado. Outro estudo então conclui que houve uma melhora na detecção pré-natal da doença-dextrotransposição das grandes artérias devido ao melhor rastreamento de fluxos cardíacos na USG obstétrica de rotina. Por fim, em relação a detecção de anormalidades cerebrais fetais, a realização de Ressonância Magnética Intrauterina, em conjunto com a USG tradicional, teve a maior acurácia. CONCLUSÃO: Conclui-se que USG fetal é conveniente para diagnóstico de VAB e apresenta um bom resultado de rastreio para mulheres obesas, ou não. Para o reconhecimento da veia umbilical direita persistente, utilizar doppler e USG tridimensional é um bom método de screening e para detectar translucência nucal, combinar cfDNA e USG fetal. Agora, detectar em pré-natal a doença-dextrotransposição de grandes artérias é benéfico utilizar a USG obstétrica e anormalidades cerebrais fetais uma combinação de Ressonância Magnética Intrauterina e USG tradicional.
Publisher
South Florida Publishing LLC