Author:
Campos Joana Magalhães,Lopes Júlia Alves,Silva Lara Moreira e,Santos Nerissa Ramalho dos,Soares Vitor de Souza
Abstract
Com o avanço da idade populacional, o aumento da expectativa de vida vem se tornando um desafio em relação à conjuntura da saúde na contemporaneidade. Nesse viés, a apendicite aguda (AA), por ser uma das patologias cirúrgicas mais frequentes, e apesar de muito comum em crianças e adultos jovens, vem apresentando uma incidência alarmante na população idosa, acarretando, muitas vezes, riscos no âmbito da apendicectomia na urgência e emergência. O presente artigo busca investigar os riscos da apendicectomia associados a pacientes idosos na urgência e emergência, tornando-se necessária uma análise em particular deste grupo, visto o alto potencial de morbimortalidade. Para isso, foi utilizado um estudo retrospectivo e qualitativo, considerando o critério inclusivo de pacientes com idade igual ou acima de 60 anos, submetidos a apendicectomia e seus consequentes riscos no contexto de urgência e emergência. Observou-se que as apresentações, foram na maioria dos casos, constatadas com antecedentes de dor em fossa ilíaca direita. Tais respostas tiveram predomínio durante a realização do Sinal de Blumberg, com o grupo dos idosos apresentando um padrão inconsistente de positividade imediata dos sinais pelos quais usualmente os conduzem posteriormente a uma apendicectomia de risco, no âmbito da urgência e emergência, devido a possíveis complicações por eles apresentadas, podendo assim, acarretar perfuração, abscesso, peritonite, sepse ou até mesmo levar à morte. Portanto, através deste estudo reforça-se a necessidade da realização de uma anamnese robusta e contundente, associado a um exame físico completo e sistematizado, além da solicitação dos exames complementares que possam auxiliar no diagnóstico precoce de apendicite aguda em idosos, a fim de minimizar os riscos da realização de um procedimento com maiores chances de complicações. Além disso, é essencial investimentos em pesquisas a fim de mitigar os riscos evitáveis de complicações da apendicectomia, para que de fato ocorra mudanças efetivas no cenário atual da problemática, proporcionando melhorias em saúde e na qualidade de vida dos pacientes.
Publisher
South Florida Publishing LLC
Reference10 articles.
1. BASTOS, I. D. R. et al. Apendicite aguda e suas complicações cirúrgicas. Brasilian Journal of Health Review, Curitiba, v. 4, n. 1, p. 2142-2152, 28 jan. 2021. Disponível em: https://ojs.brazilianjournals.com.br/ojs/index.php/BJHR/article/view/23931. Acesso em: 5 jul. 2023.
2. DANI, R.; PASSOS, M. C. F. Gastroenterologia essencial. 4. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 1368 p. 2018.
3. FINCO, J. S.; GOUVEIA, A. C. G. A. Apendicite Aguda em Pacientes de Faixa Etária Avançada: Peculiaridades quanto a apresentação do quadro clínico e a demora no diagnóstico. Programa de Iniciação Cientifica PIC/CEUB, Brasília, 2019.
4. FISCHER, C. A. et al. APENDICITE AGUDA: EXISTE RELAÇÃO ENTRE O GRAU EVOLUTIVO, IDADE E O TEMPO DE INTERNAÇÃO?. Revista do Colégio Brasileiro de Cirurgiões, Joinville, v. 32, n. 3, p. 136-138, 4 abr. 2005. Disponível em:https://www.scielo.br/j/rcbc/a/FM6Zr5jBNssZNBwvS6GzG8k/abstract/?lang=pt#ModalHowcite. Acesso em: 5 jul. 2023.
5. FREITAS, E. L.; MIZUNO, V. I. Perfil Clínico-Epidemiológico da Apendicite Aguda no Brasil: Uma Revisão Sistematica. Orientador: Prof. Dr. Fernando Vicente de Araújo. 2019. 38 p. Trabalho de Conclusão de Curso (Bacharel em Medicina) - Universidade Federal de Sergipe, Lagarto, 2019.