Author:
Da Silva Pedro Henrique Assis Pereira,Soares Márcia Oliveira Mayo,Hamamoto Osmi,De Souza Cristiane Dias dos Anjos,da Silva Kaitiana Martins,Chagas Eduardo Federighi Baisi,Higa Elza de Fátima Ribeiro
Abstract
Introdução: Traumatismo Cranioencefálico (TCE) caracteriza-se como qualquer lesão decorrente de um trauma externo, resultando em alterações anatômicas do crânio e/ou comprometimento das funções meníngea, encefálica ou vascular, implicando em disfunções cerebrais cognitivas ou funcionais, passageiras ou permanentes. Objetivo: Analisar a percepção de qualidade de vida de pacientes vítimas de traumatismo cranioencefálico durante a reabilitação. Método: pesquisa não-experimental, descritiva exploratória, transversal, não intervencionista, com abordagem quantitativa, primário; observacional; não controlada, elaborada com a população de pacientes em acompanhamento na Associação de Assistência à Criança Deficiente (AACD), Unidade Ibirapuera, São Paulo. Foi aplicado um questionário sócio-demográfico, e o questionário “World Health Organization Quality of Life – WHOQOL-bref”, dividido em 26 perguntas, e 5 domínios, em forma de entrevista com 15 pacientes em processo de reabilitação na AACD, selecionados de acordo com os critérios de inclusão. Resultados e discussão: 46,7% dos pacientes avaliaram sua qualidade de vida como “Boa” ou “Muito boa”. O domínio “Meio Ambiente” apresentou o maior valor médio, e o domínio “Físico”, o menor. Foram encontradas correlações moderadas entre idade e domínio psicológico (r=0,316) e entre escolaridade e domínio físico (r=0,374). Apenas as questões 4, 6, 10, 12 e 24 apresentaram significância estatística (p<0,05). Conclusão: barreiras ambientais e habitacionais, como segurança, poluição, transporte, e moradia aparentam dificultar a realização de atividades do dia-a-dia pelos pacientes. Aspectos físicos, dores, locomoção e satisfação pessoal aparentam ter menor impacto na percepção de qualidade de vida dos pacientes.
Publisher
South Florida Publishing LLC
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