Author:
Ribeiro Francisco Carlos,Azeredo Lorena Cristina Duarte,Romano Claudia Mendonça Reis,Xavier Juliana Machado Barroso,Giovanelli Rafaela Aguiar,Martins Thaislaine Gonçalves,Lima Thiago Farias Rocha
Abstract
O presente trabalho tem como objetivo expor o relato de caso clínico referente ao tratamento endodôntico não cirúrgico realizado no dente 12, com lesão periapical extensa em paciente com hepatite C (HCV). A metodologia consiste em um estudo descritivo individual do tipo relato de caso, o qual inclui imagens clínicas e radiográficas de uma paciente do sexo feminino, 63 anos, com hepatite C, que compareceu à clínica odontológica queixando-se de tumefação na região do palato e ausência de sintomatologia relatada. Clinicamente além da tumefação constatou-se elemento com mobilidade, ausência de dor ao teste térmico (frio) e à palpação. Radiograficamente observou-se área radiolúcida bem delimitada associada ao ápice do elemento 12. O diagnóstico foi de polpa necrótica e periodontite apical assintomática. Após exame clínico completo, iniciou-se o tratamento endodôntico não cirúrgico, utilizando-se a técnica de preparo coroa-ápice Oregon modificada, associada ao hipoclorito de sódio a 2,5% como solução irrigadora. Aplicou-se a pasta de hidróxido de cálcio como medicação intracanal e o canal radicular foi selado provisoriamente com Cimento Interim (IRM). Decorridos 7 dias da primeira sessão, constatou-se o reagudecimento do processo inflamatório crônico instalado na região periapical, evidenciado pela exuberante quantidade de exsudato purulento drenando via canal radicular, e consequente sintomatologia dolorosa. Somente na quarta sessão, após rigoroso saneamento do canal radicular, antibioticoterapia e exposição dele ao meio bucal para drenagem, foi possível aplicar novamente a pasta de hidróxido de cálcio e selar provisoriamente a cavidade. Na sessão seguinte, após a constatação da ausência de sinais clínicos e sintomas, optou-se pela obturação do canal radicular pela técnica Híbrida de Tagger associada à guta-percha e ao cimento endodôntico AH Plus. Após o período de proservação, de aproximadamente 24 meses, constatou-se ausência de sinais clínicos e sintomatologia, além de imagens radiográficas compatíveis com reparação tecidual e neoformação óssea da área previamente lesionada, bem como o desaparecimento da tumefação na região do palato.
Publisher
South Florida Publishing LLC