Author:
Ferreira Naiara Silva,Da Silva Danielle Silva,Oliveira Ronny Luis Sousa,Noronha Antônio Renato Bezerra
Abstract
Este artigo analisa como e por que, no contexto das Relações Internacionais, a subjetividade das crianças tem sido frequentemente relegada a contextos marginais e as próprias crianças são automaticamente associadas à necessidade de proteção em situações vulneráveis, como por exemplo o de crianças soldados, refugiadas, trabalhadores escravos e sexualmente abusadas. Sendo assim, é necessario refletir a infância como uma plataforma de governança global e pontencial para o alcance dos 17 ODS (Objetivos do Desenvolvimento Sustentável – Agenda 2030), identificando formas alternativas de encontrar nesse atores internacionais da sociedade civil e sua agência, uma posição mais central em RI, em termos de várias formas de ativismo infantil, como o papel das crianças com as mudanças climáticas, crianças e segurança humana, crianças e resiliência, e no seu papel inevitável na governabilidade do mundo futuro. Além disso, tem crescido a quantidade de abordagens que criticam as políticas tradicionais centradas no Estado nas análises das relações internacionais, defendendo, em vez disso, enfoques que reconheçam os atores da sociedade civil como protagonistas nesse processo. A metodologia empregada foi a análise do discurso de personalidades infanto-juvenis que impactam o cenário internacional e a analise de relatórios do Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) da ONU dos períodos de 2019 à 2023. Os resultados demonstram que apesar das problemáticas que atingem esses atores internacionais, eles precisam de um espaço para se envolver com aqueles que vão colocar as 17 ODS em prática e assim ter uma participação ativa. Elas podem ajudar a mudar sua própria vida e suas comunidades, pois têm ideias, energia ilimitada para a ação e a maior participação no futuro.
Publisher
South Florida Publishing LLC
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