PAN-HIPOPITUITARISMO SECUNDÁRIO A INFECÇÃO POR SARS-COV-2: RELATO DE CASO

Abstract

Este trabalho tem por objetivo de relatar um caso clínico de pan-hipopituitarismo pós-Covid diagnosticado no Hospital Universitário da Universidade Federal da Grande Dourados. Trata-se de um estudo qualitativo, descritivo e retrospectivo, baseado na análise do caso clínico de um paciente adulto, do sexo masculino, internado no Hospital Universitário da Universidade Federal da Grande Dourados. Realizou-se uma pesquisa nas bases de dados PubMed/Medline, Portal de Periódicos da CAPES, LILACS, SCieLO, Google Acadêmico, Bireme e UpToDate com os descritores: "hipofisite", "Covid-19", "SARS-CoV-2", "glândula pituitária", "sistema endócrino", “hypophysitis", "pituitary gland" e "endocrine system". Incluíram-se artigos até fevereiro de 2023 nos idiomas inglês, português e espanhol. Um termo de consenti-me nto livre e esclarecido foi elaborado para garantir o sigilo e direito de liberdade de escolha do objeto da pesquisa em participar ou continuar participando da pesquisa tendo a sua vontade respeitada sem qualquer prejuízo, respeitando as normativas da Resolução N. 466/12 do Conselho Nacional de Saúde. Este trabalho teve aprovação do comitê de ética em pesquisa do hospital em questão com número de parecer: 6.388.576. Este estudo foi pautado em um caso singular de pan-hipopituitarismo, uma ocorrência considerada pouco comum na medicina clínica, observado no Hospital Universitário. Foram elucidados os achados clínicos, laboratoriais e neurorradiológicos, bem como as abordagens diagnósticas e terapêuticas implementadas. Intrigantemente, a etiopatogenia deste quadro não pôde ser atribuída a qualquer outro fator senão às sequelas prévias da infecção por COVID-19. A partir da análise realizada, infere-se que, mesmo na ausência de provas irrefutáveis ligando a COVID-19 à hipofunção hipofisária, a coexistência dessas condições aponta para uma correlação potencialmente plausível. Recomenda-se que mais estudos busquem se aprofundar na investigação dessa relação. Tal entendimento poderia lançar luz sobre tratamentos mais direcionados e estratégias de prevenção para pacientes que se encontrem em risco.