OBTENÇÃO DE MICROPARTÍCULAS BIODEGRADÁVEIS A PARTIR DO RESÍDUO DE CASCAS DE LARANJA PÊRA (Citrus sinensis (L.) Osbeck)

Abstract

O Brasil é um grande produtor de laranja e apenas a polpa é utilizada para produção do suco, contudo as demais partes da fruta, como, o bagaço e a casca que são desprezados também podem ser utilizados para obtenção de diversos subprodutos.  Neste trabalho, buscou-se avaliar dois processos de secagem dos resíduos da laranja pêra (Citrus sinensis (L.) Osbeck): leito fluidizado e estufa de circulação forçada, com objetivo de avaliar o melhor método de secagem para obtenção de micropartículas. Os processos de secagens foram realizados na faixa de temperatura de 45 a 60°C, sob velocidade do ar constante. Todos os itens do processo de secagem da estufa de circulação forçada e leito fluidizado como: pressão, temperatura do ar de entrada, vazão do ar, umidade inicial do resíduo da laranja, respectivamente, foram considerados, a fim, de demonstrar o funcionamento do processo do material, para obter um controle de qualidade no processo e consequentemente no produto. O procedimento experimental foi composto das etapas de: aquisição dos resíduos na região oeste do Paraná, higienização, preparação das amostras, secagem em estufa de circulação de ar forçada, e um leito fluidizado, moagem e caracterização. Foi realizada uma secagem na estufa e em triplicata no leito fluidizado, até o peso da amostra constante. As amostras iniciais apresentavam umidade média igual a 84,47% inicial e no final do procedimento apresentaram umidade de 6,6% (estufa) e 6,9% (leito fluidizado). O tempo de secagem na estufa foi de 14h00 e a média de tempo de secagem em leito fluidizado foi de 08h00, sendo monitorados as perdas de peso na primeira hora a cada dez minutos, na segunda hora a cada trinta minutos e após a terceira hora de hora em hora. O tempo de secagem mostrou grandes diferenças quando comparados os processos, sendo que a secagem em estufa o tempo foi muito superior em relação ao leito fluidizado. Foi realizada a moagem das quatro amostras dos resíduos desidratados, sendo uma amostra de secagem na estufa e três no leito fluidizado, análises físico-químicas, como granulometria. Pode-se concluir que a secagem mais eficiente é a realizada no leito fluidizado, devido ao tempo de processo.