Author:
Braz Julia Cristina de Almeida,De Freitas Amanda Paiva,Machado José Henrique Rodrigues,Vicente Heitor Abadio,Amorim Marcelo Vinícius Costa,da Silva Dayeli Francisca Ferreira,Fernandes Ilka Mendes,Rocha Jerline da Silva
Abstract
O objetivo do artigo é refletir sobre silenciamentos e intencionalidades nas narrativas sobre a cultura escolar. Pela pesquisa bibliográfica se pretende relevar a intersecção entre cultura escolar, enquanto categoria de análise e a produção historiográfica como análise narrativa, modo de pensar a escola e o cotidiano escolar. Fundamentam esta reflexão os teóricos Dominique Julia, Forquin, Viñao Frago e os apontamentos de Michel de Certeau. Por esta interseção foi possível depreender a advertência comum aos autores quanto aos sentidos evocados pela prática, do educador, do historiador-pesquisador, ou seja, de que estão mediados pelas demais culturas, contextos. Nas palavras de Dominique Julia (2001, p. 10), “esta cultura escolar não pode ser estudada sem a análise precisa das relações conflituosas ou pacíficas que ela mantém, a cada período de sua história, com o conjunto das culturas que lhe são contemporâneas: cultura religiosa, cultura política ou cultura popular”. Desse modo, depreende-se que as escolhas da narrativa, a interpretação dos dados obtidos pelas fontes e o silêncio que as perpassa evidenciam as intencionalidades. Portanto, circunstanciar o não-dito na interpretação ou articulação dos dados ao tomar a cultura escolar enquanto categoria de pesquisa compõe uma investigação atenta e crítica que, se amplia às práticas escolares.
Publisher
South Florida Publishing LLC
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