INCLUSÃO E EDUCAÇÃO BILÍNGUE DE SURDOS - PONTOS DE CONVERGÊNCIA E DIVERGÊNCIA

Abstract

Apresentamos neste artigo os resultados de uma pesquisa qualitativa cuja metodologia é exploratória, pois tem como base o levantamento bibliográfico e documental (LAKATOS, 2003; MOREIRA; CALEFE, 2008). O trabalho trata dos pressupostos da inclusão escolar da pessoa com surdez e também da sua educação bilíngue. O objetivo desta investigação é identificar os pontos divergentes e convergentes entre a inclusão escolar e a educação bilíngue de Surdos e Surdas. Sendo assim este artigo traz um breve histórico da educação de Surdos e apresenta os pressupostos da educação inclusiva bem como na perspectiva do bilinguismo. Nesse trabalho trazemos dados históricos que vão desde a total exclusão educacional das pessoas com surdez, entrando pela filosofia educacional chamada de oralismo puro e pela comunicação total. De forma mais verticalizada centramos a análise no movimento mundial pela inclusão que chegou ao Brasil e garantiu, na forma da lei, acesso de todos à escola regular, A pesquisa partiu da leitura de documentos oficiais como a Declaração de Salamanca (BRASIL, 1994); Lei Nº 10.436/2002; o Decreto Nº 5.626/2005 entre outros. Os resultados apontam, por exemplo, que tanto a inclusão quanto a educação bilíngue concordam que a Libras - Língua Brasileira de Sinais é a língua natural dos Surdos e deve estar presente no ambiente de aprendizagem como língua de instrução. E ainda muito embora as duas visões reconheçam a importância da Libras, a perspectiva da inclusão apenas aceita a presença desta Língua, mas não estabelece o seu status em relação à língua portuguesa em ambiente de ensino. Um outro aspecto que diferencia a inclusão do bilinguismo é o fato de que a comunidade surda não deseja ser incluída apenas pelo critério da convivência e sociabilidade e sim pelo aspecto cultural e linguístico.