Author:
Demarzo Marcelo Marcos Piva,Milhomens David Matos
Abstract
Podemos dizer que 2011 foi um bom ano para a Revista Brasileira de Medicina de Família e Comunidade (RBMFC). Neste ano, a RBMFC lançou seu site (disponível em www.rbmfc.org.br), disponibilizando seus artigos com acesso livre e irrestrito para a comunidade leiga e científica; obteve várias indexações em bases de dados nacionais e internacionais importantes; assistiu a submissão de manuscritos crescer consideravelmente; e fechou o ano com um incremento na sua classificação Qualis-CAPES, conjunto de procedimentos utilizados pela Capes para medir a qualidade das revistas científicas nacionais e internacionais, saindo do nível C, em 2010, para B4, em 2011 (área de Saúde Coletiva). Isso significa, entre outras coisas, uma maior pontuação para os pesquisadores e programas de pós-graduação que tenham artigos publicados na RBMFC. Indexar a RBMFC em bases de dados nacionais e internacionais promove a visibilidade e a consequente elevação da qualidade do periódico científico, e a elevação de nível no Qualis-CAPES é resultado desse trabalho.Uma conquista fundamental em 2011 foi a obtenção do digital object identifier (DOI), e nos estenderemos um pouco mais nessa inovação para a RBMFC. O DOI é utilizado para identificar um conteúdo na Internet por meio de um número único. Assim como o número do Cadastro de Pessoa Física (CPF) ou a impressão digital, o DOI nunca se repete, e cada arquivo ou artigo tem o seu número exclusivo. Um arquivo da rede que recebe o DOI tem seu conteúdo registrado em um endereço único, possibilitando a estabilidade do link. O DOI também valida o documento ou objeto eletrônico que o usuário está acessando. Se o usuário acessar o documento pelo link DOI, ele estará acessando o documento oficial e autêntico. O sistema DOI foi criado em 1990 juntamente com a International DOI Foundation na Inglaterra para implementar e inovar sistemas existentes1. Há diversas agências que centralizam e gerenciam o DOI, sendo a maior delas a Crossref2 (criada por editores científicos pela International Publishers Linking Association, Inc. – PILA, em 2000). A RBMFC esta afiliada à Crossref desde 2011, recebendo o prefixo 10.5712. Já serão registrados os artigos a partir da edição 19 com links personalizados, e os DOIs das edições anteriores serão acrescentados progressivamente, num futuro próximo.Ainda em 2011, a RBMFC passou a ser listada em alguns indexadores nacionais e internacionais, tais como: Portal do Sistema Eletrônico de Editoração de Revistas (SEER/IBICT)3, Portal Periódicos da Capes4, Journal List Public Knowledge Project (PKP)5, Latindex6, Sumários.org7 e Catálogo Coletivo Nacional de Publicações Seriadas (CNN)8. Em janeiro de 2012, foram colhidos frutos do trabalho realizado em 2011 com a entrada no Directory of Open Access Journals (DOAJ)9. O objetivo do DOAJ é aumentar a visibilidade dos periódicos científicos de acesso aberto, os quais usam um modelo de financiamento que não cobra dos leitores o acesso a seu conteúdo, promovendo assim sua maior utilização e impacto. Ainda, o DOAJ pretende ser abrangente e cobrir todas as disciplinas científicas e acadêmicas em todas as línguas. Atualmente, este indexador já ultrapassa 7.500 periódicos e 790.000 artigos indexados e está presente em inúmeros países.A RBMFC adota a política de direitos autorais Creative Commons Atribuição-Uso não comercial 3.010, pois defende o direito dos usuários de “pesquisar, ler, baixar, copiar, distribuir e imprimir os textos completos desses artigos e ainda criar obras derivadas citando os autores”. Esse é um dos critérios obrigatórios para que o periódico possa ser incluído no diretório DOAJ, além do cumprimento da cientificidade e normalização: ter registro na International Standard Serial Number (ISSN), além de um conselho editorial não endógeno e acessível com indicações de afiliação institucional. A maioria dos textos publicados no periódico deve ser fruto de uma pesquisa científica original e todo conteúdo deve ser disponível em texto integral, com critérios de publicação explícitos nas normas de submissão para autores. Exige ainda que os periódicos utilizem um sistema de controle de qualidade para garantir o conteúdo. A revista deve exercer peer-review, ou seja, os artigos são submetidos em um sistema que o editor indica no mínimo dois avaliadores, mantendo-se o anonimato entre os autores e revisores. Por meio da informação dos metadados no Sistema Eletrônico de Editoração de Revistas (SEER), é possível coletar, organizar e disseminar os artigos da RBMFC de forma que permita que bibliotecas em todo o mundo possam integrar RBMFC em seus catálogos online.Como parte da política de expansão e divulgação da Revista, exemplares da RBMFC impressa foram enviados para mais de 780 programas de pós-graduação, distribuídos nas áreas de Saúde Coletiva, Enfermagem, Odontologia, Gerontologia, Promoção da Saúde e Psicologia, além de 110 bibliotecas, periodicamente. Sempre solicita-se que as bibliotecas que recebem a Revista cadastrem-na no CNN8 para eventuais permutas, por meio do Programa de Comutação Bibliográfica (Comut)11.Ainda são muitos os desafios presentes e futuros. Além da manutenção dos níveis elevados de qualidade e da busca por novas indexações (LILACS, Scopus, ScIELO, MEDLINE, entre outras), um dos grandes desafios da Revista (e da maioria das revistas científicas do mundo afora) é a sustentabilidade financeira. A edição de uma revista científica é cara, envolvendo o suporte técnico de uma editora especializada, com gastos que ultrapassam R$ 30.000 por cada edição lançada, variando com o número de exemplares impressos (tiragem impressa). Nesse momento, a RBMFC é financiada pela Sociedade Brasileira de Medicina de Família e Comunidade (SBMFC), com verbas provenientes das anuidades de seus associados e dos convênios com o Ministério da Saúde e outros órgãos. Como essas verbas podem variar, o desafio é garantir outras formas de financiamento, lembrando que a SBMFC tem a (boa) política de não aceitar patrocínios da indústria farmacêutica (que é a principal patrocinadora da maioria das revistas científicas brasileiras e internacionais). A outra parte do desafio é diminuir custos sem perder a qualidade do periódico, e um dos caminhos seria racionalizar a tiragem impressa, o que já está sendo estudado. Continuamos afiliados à Associação Brasileira de Editores Científicos (ABEC), participando dos cursos e eventos promovidos com o objetivo de aperfeiçoar o trabalho e atualizar as técnicas de editoração.Essa evolução e transposição dos desafios colocados apenas são possíveis com a confiança de nossos leitores, autores e revisores na qualidade editorial da RBMFC. Vale sublinhar aqui o excelente e árduo trabalho de nossos revisores, que se voluntariam e altruisticamente dedicam várias horas para a revisão minuciosa dos manuscritos, sempre com o cuidado de não somente criticar, mas fundamentalmente auxiliar para a melhora da qualidade dos artigos submetidos. Nessa edição, será listado num documento separando todos os profissionais, docentes e pesquisadores que contribuíram com a RBMFC em 2011. Finalizamos desejando um excelente 2012 para a RBMFC!
Publisher
Sociedade Brasileira de Medicina de Familia e Comunidade (SBMFC)
Reference11 articles.
1. International DOI Foundation [homepage]. Inglaterra; 1990 [acesso em 2012 Jan]. Disponível em: http://www.doi.org/
2. Crossref [homepage]. Reino Unido; 2000 [acesso em 2012 Jan]. Disponível em: http://www.crossref.org/01company/02history.html
3. Portal do Sistema Eletrônico de Editoração de Revistas (SEER). [homepage]. Brasília, DF: Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia (IBICT); 2003 [acesso em 2012 Jan]. Disponível em: http://seer.ibict.br/index.php?option=com_mtree&task=viewlink&link_id=1801&Itemid=109
4. Portal de Periódicos da Capes. [homepage]. Brasília, DF. Disponível em: http://www.periodicos.capes.gov.br/index.php?option=com_pmetabusca&mn=70&smn=78 sfx=find-ej-1&type=p&sfx=buscaRapida&mn=88&smn=90
5. Public Knowledge Project (PKP). [homepage]. Canadá. Disponível em: http://pkp.sfu.ca/ojs-journals