Abstract
Introdução: O conhecimento da magnitude em que a população implementa medidas de proteção emitidas pelas autoridades de saúde pública é essencial na prevenção da doença do novo coronavírus (COVID-19). A eficácia de medidas não farmacológicas de prevenção e das políticas públicas destinadas a reduzir o contágio pela COVID-19 depende de quão bem os indivíduos são informados sobre as consequências da infecção e as medidas que devem adotar para reduzir sua propagação. O entendimento, as atitudes e as práticas das pessoas em relação à COVID-19 e sua prevenção são basilares para a compreensão da dinâmica epidemiológica, demandando a realização de pesquisas sobre o cumprimento de medidas não farmacológicas de prevenção do contágio em diversos territórios. Para isso, em 2020, medidas não farmacológicas contra a COVID-19 foram divulgadas por fontes diversas, estatais e privadas, para a maior parte da população brasileira, com a finalidade de orientar comportamentos para conter a crise sanitária. As equipes da Estratégia Saúde da Família têm um papel fundamental neste processo de educação em saúde, pois compreendem elementos socioculturais das suas comunidades, alcançando-as tanto em capilaridade quanto em adequação local da informação técnico-científica. Este artigo abrange uma pesquisa de campo, parte de um projeto multicêntrico nacional. Objetivo: Avaliar se a população do território de uma unidade da Estratégia Saúde da Família da cidade de Condado-PE entende e aplica as informações que recebeu sobre medidas não farmacológicas de prevenção em suas práticas de proteção contra a COVID-19. Mais especificamente, a pesquisa visou determinar que informações foram recebidas pelos respondentes, quais as suas fontes, o grau de confiabilidade atribuído a estas, além da adesão deles às medidas não farmacológicas e sua relação com variáveis sociodemográficas. Métodos: O modelo do estudo foi observacional e descritivo, com abordagem quantitativa, a partir da coleta de dados primários com 70 usuários por entrevista presencial com questionário estruturado. Resultados: Os resultados mostraram que a população recebeu vasta informação sobre prevenção da doença. Conclusão: Com níveis variados de confiabilidade das fontes, atribuindo importância relevante às medidas de prevenção e adotou a maioria delas, com exceção do isolamento social total.
Publisher
Sociedade Brasileira de Medicina de Familia e Comunidade (SBMFC)
Reference30 articles.
1. World Health Organization (WHO). COVID-19 & Global Health Issues. Virtual Press Conference [Internet]. 2023 [acessado em 10 maio 2023]. Disponível em: https://www.who.int/publications/m/item/virtual-press-conference-on-covid-19-and-other-global-health-issues-transcript---5-may-2023
2. Xiao J, Dai J, Hu J, Liu T, Gong D, Li X,et al. Co-benefits of nonpharmaceutical intervention against COVID-19 on infectious diseases in China: A large population-based observational study. Lancet 2021;17(100282):1-10. https://doi.org/10.1016/j.lanwpc.2021.100282
3. Fundação Oswaldo Cruz. A Gestão de Riscos e Governança na Pandemia por COVID-19 no Brasil. Centro de Estudos e Pesquisas em Emergências e Desastres em Saúde. Rio de Janeiro: CEPEDES/ENSP; 2020.
4. Han E, Tan MMJ, Turk E, Sridhar D, Leung GM, Shibuya K, et al. Lessons learnt from easing COVID-19 restrictions: an analysis of countries and regions in Asia Pacific and Europe. Lancet 2020;396(10261):1525-34. https://doi.org/10.1016/S0140-6736(20)32007-9
5. World Health Organization (WHO). Risk communication and community engagement readiness and response to coronavirus disease (COVID-19). Geneve: WHO [Internet]. 2020 [acessado em 20 out. 2023]. Disponível em: https://apps.who.int/iris/rest/bitstreams/1272597/retrieve05]