Abstract
Introdução: O tabagismo é definido como a dependência física e psicológica de tabaco, e o fumo passivo consiste na inalação da fumaça de derivados do tabaco por não fumantes. As crianças são especialmente vulneráveis à exposição à fumaça do tabaco. Objetivo: Identificar a associação entre fumo passivo domiciliar e morbidade respiratória em pré-escolares de seis a dez anos, por meio de coleta de dados na Atenção Primária à Saúde em Araguaína/TO. Métodos: Estudo de perfil descritivo, com corte transversal de caráter quantitativo, conduzido em três unidades básicas de saúde. Foi determinada uma amostra de 72 entrevistados, selecionados de forma aleatória em meio às unidades básicas. Os resultados foram colhidos de questionários respondidos por familiares ou responsáveis das crianças. Resultados: O teste de Odds Ratio (OR) obteve o resultado de 3,06, com intervalo de confiança de 95% — IC95% 1,16 – 8,11 e p<0,05, revelando assim a existência de correlação entre o desenvolvimento de doenças respiratórias e o fumo passivo domiciliar em crianças de seis a dez anos. A prevalência do tabagismo passivo domiciliar foi de 44,4%, expondo à fumaça do cigarro as crianças, que manifestam sintomas como tosse seca, chiado no peito, respiração rápida, dor e secreção no ouvido. Conclusões: Foi comprovada a associação entre tabagismo passivo domiciliar e morbidade respiratória entre crianças de seis a dez anos. Não se obteve a conexão entre o tabagismo passivo e o aumento do número de internações por causa respiratória.
Publisher
Sociedade Brasileira de Medicina de Familia e Comunidade (SBMFC)
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