Author:
Ribeiro Monteiro de Figueiredo Tayná,de Macedo Bernardino Ítalo,Marques da Nóbrega Lorena,D’Ávila Lins Bezerra Cavalcanti Sérgio
Abstract
Introdução: O reconhecimento da violência contra a mulher como um importante problema de saúde pública e uma grave violação dos direitos humanos faz-se necessário para que haja alocação adequada de recursos para a expansão dos centros de atenção social voltados às vítimas de violência. Objetivo: Objetivou-se com esse estudo traçar o perfil da violência intrafamiliar e comunitária contra mulher de acordo com as características sociodemográficas das vítimas e dos agressores excluindo os casos de parceiros íntimos. Métodos: Foi realizado um estudo observacional, de caráter exploratório, com dados secundários oriundos do Núcleo de Medicina e Odontologia Legal (NUMOL) de um município do Nordeste brasileiro. Realizou-se a análise estatística descritiva objetivando caracterizar a amostra. Em seguida, empregou-se a análise de diferença de proporções (teste qui-quadrado de Pearson ou teste exato de Fisher quando apropriado) para determinar associação entre mecanismo de agressão e demais variáveis investigadas. Resultados: A maioria da amostra tinha entre 30 e 59 anos (32,0%), era solteira (63,6%), possuía baixa escolaridade (65,6%) e não trabalhava (45,9%). O agressor em sua maioria era do sexo masculino (52,7%), sendo geralmente familiar da vítima (96,6%). Prevaleceram situações de agressões sem instrumento (80,4%), sendo registradas principalmente aos domingos (18,3%) e à noite (38,7%). Conclusão: Portanto, observou-se associação estatística significativa entre mecanismo de agressão e escolaridade, ocupação da vítima, sexo do agressor e período de ocorrência. Dessa forma, foi possível observar um perfil da violência intrafamiliar e comunitária contra a mulher de acordo com as características sociodemográficas das vítimas e dos agressores.
Palavras chave: Violência. Violência contra a Mulher. Saúde Pública. Epidemiologia.
Publisher
Revista Interdisciplinar em saude