Author:
Clara Lira de Moura Anna,Brenda Barbosa da Silva Benícia,Campos de Oliveira Kasandra,Cristiane Alves de Oliveira Sabrina,Dantas Nunes Gomes Taciana,Maria Temóteo Lúcia
Abstract
Objetivo: O presente trabalho visa elucidar o processo de opressão até a resistência, através da arte, vivenciados por indivíduos historicamente marginalizados pela sociedade. Método: Trata-se de um estudo de caráter qualitativo, onde se considerou a música como mecanismo criativo e transformador que, apesar de retratar questões e sentimentos individuais, possui em seu conteúdo um teor político e que, por ventura, pode-se tornar comum entre sujeitos que se identificam com determinadas problemáticas e contextos abordados. Portanto, com o enfoque na opressão de grupos minoritários (LGBTQ+, mulheres, negros, idosos e etc), que possui origem no mesmo sistema hegemônico, patriarcal, heterossexual e capitalista, optou-se por analisar a narrativa contida na composição audiovisual do clipe e da música “A cruz”, de Renato Enoch, que se encontra disponibilizada na plataforma de compartilhamento de vídeos Youtube. O estudo foi realizado através de uma observação crítica a análise considerou as concepções de Michel Pêcheux diante da análise do discurso. Resultados: Há corroboração entre o conteúdo contigo na referida obra e a literatura disponível sobre a arte ser representativa, possuir um posicionamento político portanto, um papel significante na resistência de indivíduos que lutam pela construção de uma sociedade mais justa e igualitária. A pluralidade humana é destacada e denota-se, por meio da letra e do clipe, o cenário fatídico de sofrimento, resultante do preconceito e privação de direitos, que esses sujeitos, tidos como fora dos padrões normativos que são impostos pela sociedade, enfrentam. Contudo, é demonstrado na composição também o entusiasmo, a persistência e a consciência de luta contínua revelando a potência de resistir através das inúmeras facetas da arte para se ampliar possibilidades de vidas plenas. Conclusão: O preconceito presente na estrutura social brasileira ocasiona um cenário de desigualdade para os indivíduos que fogem da heteronormatividade. Conclui-se que a arte é uma ferramenta transformadora nesse processo de desconstrução e preconceitos, sendo assim, colocado pela canção do artista Renato Enoch: "A cruz" é evidente a necessidade e urgência dos sujeitos resistirem diante das inúmeras facetas excludentes abordadas ao longo desse trabalho.
Palavras chave: Arte. Ativismo Político. Grupos Minoritários. Psicologia.
Publisher
Revista Interdisciplinar em saude
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