Valorizar a geodiversidade e proteger os serviços geossistêmicos na Região de Carajás

Abstract

A dificuldade de um olhar sistêmico para a natureza favoreceu historicamente os aspectos bióticos em detrimento dos abióticos, sendo a geodiversidade um tema quase ausente nas discussões que envolvem a Amazônia, balizando assim a falsa ideia de que as formas de relevo e as rochas são robustas, não carecendo de gestão ou proteção de seus valores. Objetiva-se assim apresentar as potencialidades da geodiversidade, em especial seus atributos geossistêmicos como a base estrutural para a consolidação de políticas públicas que envolvam a importância do geoturismo, promoção e divulgação científica e desenvolvimento territorial e socioambiental da Região de Carajás. Para tanto, a elaboração de cartografia temática foi realizada na delimitação das unidades geomorfológicas distintas: Planaltos; Planaltos Rebaixados; Depressão Araguaia e Planície Fluvial Araguaia e o levantamento aerofotogramétrico possibilitou a identificação e caracterização de áreas com elevado potencial para geomorfossítios a saber: (1) Mirante (2) Gravuras (3) Pedra Riscada. Como resultados, aponta-se para o vasto potencial de geodiversidade com valor científico, educativo, cênico e cultural. Dados sobre geodiversidade ainda são incipientes na região, sendo necessário o estabelecimento de programas e políticas públicas para o conhecimento e gestão dos componentes da geodiversidade, fortalecendo ações de planejamento ambiental e territorial junto às estratégias de geoconservação.