Author:
De Morais Leonardo Fiusa,Nepomuceno Delci de Deus,Almeida João Carlos de Carvalho
Abstract
A pecuária Brasileira é em sua grande parte desenvolvida em pastagens, e um dos problemas deste sistema de produção é a estacionalidade de produção das forrageiras, que por consequência também torna estacional a produtividade animal. A reutilização de resíduos de culturas agrícolas e subprodutos da agroindústria pelos sistemas de produção de ruminantes, tem se tornado uma opção para contornar este problema, uma vez que estes resíduos em grande parte são alimentos volumosos que podem ser utilizados para suplementar a pastagem no período seco. Além disso, em alguns casos, quando não são reutilizados pelas indústrias, os resíduos são destinados ao ambiente, se tornando uma fonte de propagação de vetores de doenças ao ser humano. Volumosos de baixa qualidade em sua grande parte apresentam baixo teor de proteína, alto conteúdo de fibra, e baixa digestibilidade, o que limita a sua utilização para ruminantes. Existem tratamentos físicos, químicos e biológicos para melhoria do valor nutritivo de volumosos. Estes tratamentos apresentam diferenças quanto a facilidade de operação e custo para serem desenvolvidos, no entanto, possuem o mesmo principio, o de tornar o volumoso mais digestível, aumentando a utilização dos nutrientes pelo animal. Os tratamentos químicos e biológicos melhoram o valor nutritivo dos volumosos, por agirem sobre a parede celular promovendo a quebra das ligações entre os componentes da fibra (celulose, hemicelulose e lignina), tornando mais eficiente a fermentação pelos microrganismos ruminais. Tratamentos físicos como a moagem, promovem o aumento do consumo, devido a redução do tamanho da partícula dos volumosos, e alguns tratamentos que utilizam alta temperatura e pressão, promovem alterações dos componentes da fibra, aumentando a solubilidade desta fração, e consequentemente a sua digestibilidade.
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