Abstract
Foram estudadas as ações dos antidepressivos (ADs) em cada fase da resposta sexual. Os ADs dopaminérgicos podem facilitar o desejo, a excitação e o orgasmo. Os anticolinérgicos inibem a excitação pela inibição parassimpática. Os anti-α1 adrenérgicos inibem o orgasmo pela inibição da emissão espermática. Os anti-histamínicos1 (anti-H1) causam sonolência, o que prejudica o desejo e a excitação. Os que estimulam o receptor pós-sináptico 5HT2A têm os seguintes efeitos: diminuem a dopamina no centro mesolímbico do prazer causando diminuição do desejo, aumentam a prolactina diminuindo o desejo e a excitação, inibem a ação do óxido nítrico (NO) dificultando a excitação, causam anestesia genital, inibem o reflexo medular da emissão espermática dificultando o orgasmo. Alguns ADs causam menos disfunções sexuais (DSs) como: Bupropiona, Agomelatina e Vilazodona, que estimulam a dopamina; Mirtazapina e Nefazodona antagonizando o receptor pós-sináptico 5HT2A; Moclobemida, pois parece que os aumentos dopaminérgico e noradrenérgico compensam o aumento serotoninérgico; Reboxetina, que é noradrenérgica; Tianeptina, que parece estimular a dopamina mas não o receptor 5HT2A. Quando um AD causa DS deve-se a princípio esperar, pois o quadro pode se resolver espontaneamente. A segunda opção é diminuir a dose da medicação, a terceira é dar um intervalo medicamentoso, a quarta é trocar o AD e a quinta é acrescentar outra droga ao AD. Podem ser usadas drogas dopaminérgicas, antisserotoninérgicas em 5HT2A, colinérgicas, inibidores da fosfodiesterase5, Buspirona e outras. As drogas acrescentadas podem ter eficácia apenas parcial na melhora das DSs.
Publisher
Revista Brasileira de Sexualidade Humana
Cited by
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