A colonialidade do poder a partir da interseccionalidade de gênero e raça: o trabalho análogo a escravidão de empregadas domésticas brasileiras

Abstract

O presente estudo tem como principal objetivo analisar a influência da colonialidade do poder, em suas opressões patriarcais e raciais instituídas desde a expansão europeia a partir do século XV com sua interligação no atual trabalho escravo de empregadas domésticas. Assim, propõe como mote da discussão a existência da nova modalidade de escravidão estar intrinsicamente ligada ao processo colonial nacional, consubstanciando-se atualmente como nova espécie de exploração baseada nas relações modernas laborais, perpetuada pelo sistema capitalista. Nesse contexto, justifica-se o presente trabalho na necessidade de compreender a influência do serviço compulsório e seus reflexos no meio social e acadêmico. A pesquisa qualitativa evidencia pelo método histórico a subalternização de mulheres submetidas a condições degradantes de atividades laborais. Diante disso, é demonstrado como o passado de opressão em que a sociedade brasileira se estabeleceu foi responsável pelas consequências hoje vividas nas relações trabalhistas de empregas domésticas.