Abstract
O papel primordial de uma instituição acadêmica é participar na transformação do seu meio social, sendo necessário a contribuição desta com ações que visem (re) pensarmos formas de produções locais mais criativas e solidárias, tendo como base princípios agroecológicos, os quais se baseiam em formas de produção/consumo mais plural, diversa, saudável, sustentável, justa e democrática que fazem girar a economia local e proporcionam garantias à segurança e soberania alimentar. A partir dessas reflexões, o objetivo deste trabalho é analisar os significados epistemológico-político-pedagógico(s) da implementação de um projeto político-pedagógico de articulação entre a agroecologia e a economia solidária dentro de uma educação ambiental crítica como ferramenta de justiça ambiental em uma escola localizada na Zona Portuária da cidade do Rio de Janeiro, com os alunos do sexto e nono ano do ensino fundamental. Foram construídos e aplicados diversos artefatos de aprendizagem voltados à agroecologia: apresentação de filmes, aplicação de jogos, trabalhos de campo no território da escola- zona portuária da cidade do Rio de Janeiro, como no Instituto Pretos Novos (IPN), elaboração e realização de um questionário de Pegada Ecológica, elaborado a partir de princípios agroecológicos, construção de mapas mentais, entre outros. Verifica-se a formação de maior criticidade entre os sujeitos envolvidos de seus próprios territórios, principalmente a partir dos mapas de racismo e justiça ambiental do território da escola, os quais foram elaborados pela(os) próprias(os) alunas(os) envolvidas(os) e que representam também um instrumento de resistência. Acredita-se que esse seja o primeiro passo para o (re) pensar e a criação e/ou fortalecimento de ações e espaços mais solidários, criativos e justos, a partir de relações mais próximas entre terra-alimento-produtor-consumidor.
Publisher
South Florida Publishing LLC
Subject
Materials Science (miscellaneous)
Reference28 articles.
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