Abstract
Diante da elevada demanda por madeira de qualidade pelo setor florestal e madeireiro, o conhecimento das propriedades de novas espécies florestais torna-se imprescindível para que se tenha um comércio abastecido e diversificado, reduzindo assim, a exploração de um pequeno grupo de espécies em função do desconhecimento das demais. Desta forma, o objetivo deste trabalho foi analisar as propriedades físicas, químicas e de superfície da madeira de quatro espécies da Amazônia. Foram utilizadas amostras de madeira de timborana (Piptadenia suaveolens), pequiá (Caryocar villosum), sucupira amarela (Bowdichia nitida) e maçaranduba (Manilkara huberi). As madeiras foram avaliadas quanto a sua composição química, propriedades físicas (densidade, porosidade, contrações e umidade) e propriedades de superfície (colorimetria e molhabilidade). Na madeira de pequiá obteve-se os maiores percentuais de holocelulose (73,42%), extrativos (5,10%) e cinzas (1,06%). Observou-se que as madeiras de maçaranduba e sucupira amarela foram as mais densas, com valores de densidade aparente de 0,96 e 0,98 g/cm³, respectivamente. Na madeira de timborana registrou-se a maior estabilidade dimensional, obtendo valores de 2,03 (βr), 4,45 (βt) e 7,23 (βv). Já nas propriedades de superfície, conforme os valores dos parâmetros colorimétricos, as madeiras classificaram-se como rosa-acinzentado (timborana), oliva-amarelado (pequiá), oliva (sucupira amarela) e marrom-escuro (maçaranduba). Com relação a molhabilidade, verificou-se redução do ângulo de contato da água de 5 s para 10 s, em ambas as madeiras e planos. E constatou-se que as madeiras timborana diferiram estatisticamente quando se analisou o ângulo de contato em relação à face da madeira e o tempo. Assim, as madeiras tropicais avaliadas apresentaram propriedades relevantes para aplicações diversas no comércio madeireiro.
Publisher
Instituto de Ecologia, A.C.
Reference46 articles.
1. American Society for Testing and Materials [ASTM] (2014). ASTM D143: Standard methods of testing small clear specimens of timber. Philadelphia: ASTM Standards.
2. Barreto, C. C. K., & Pastore, T. C. M. (2009). Resistência ao intemperismo artificial de quatro madeiras tropicais: o efeito dos extrativos. Ciência Florestal, 19(1), 23-30. doi: 10.5902/19805098416.
3. Borzi, R. F. G. (2014). Colorimetria e molhabilidade em piso engenheirado. Monografia, Universidade Federal do Paraná, Curitiba, Brasil.
4. Burguer, L. M., & Richter, H. G. (1991). Anatomia da madeira. São Paulo: Nobel, Barueri.
5. Cademartori, P. H. G., Nisgoski, S., Magalhães, W. L., & de Muniz, G. I. B. (2016). Surface wettability of Brazilian tropical wood flooring treated with he plasma. Maderas. Ciencia y tecnología, 18(4), 715-722. doi: 10.4067/S0718-221X2016005000062