Abstract
Objetivo: Analisar os óbitos fetais, segundo características sócio-demográficas, clínicas e critérios de evitabilidade, ocorridos em uma maternidade. Métodos: Estudo retrospectivo dos óbitos fetais ocorridos no período de 2014 a 2017. Elaborou-se uma planilha no Excel 2010, com as variáveis contidas na ficha de investigação de óbitos fetais. Realizaram-se análises descritivas e classificaram-se as causas dos óbitos, conforme critério de evitabilidade, por faixa de peso (1500g-2500g; >2500g). Resultados: Ocorreram 1029 óbitos no período. A taxa de mortalidade fetal foi de 25,1/1000 nascidos vivos (NV) em 2013 e 26,1/1000 NV em 2017. 39,9% das mães tinham entre 20 a 40 anos e 39,9% possuíam mais 8 anos de estudo. As patologias mais citadas durante a gravidez foram: hipertensão arterial/DHEG (33,1%), hemorragia/ DPP/ placenta prévia (31,1%) e infecção urinária (20,1%). No momento da internação, 38,4% apresentavam amniorrexe prematura sem trabalho de parto, 9,7% pré-eclampsia grave e 9,1% apresentaram descolamento prematuro da placenta. As principais intercorrências durante o parto foram: eclampsia / hipertensão (25,6%), hemorragia (20,2%). Dos 570 óbitos fetais (acima de 1500g) analisados, 84,9% ocorreram por causas evitáveis, 4,9% por causas não claramente evitáveis e 10,2% por causas mal definidas. As principais causas dos óbitos fetais evitáveis (n=484) foram classificadas como: reduzíveis por adequada atenção à mulher na gestação (56,6%) e adequada atenção à mulher no parto (36,4%) e adequada atenção ao recém-nascido (7,0%). Conclusão: os achados revelam uma proporção alta de óbitos fetais que poderiam ser evitados com ações voltadas a melhoria na qualidade da assistência ao pré-natal e ao parto.
Publisher
Research, Society and Development
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