Abstract
O presente artigo explora duas resoluções de bases cartesianas a um problema assaz frutífero para o cartesianismo: a comunicação entre corpo e alma. Elisabeth da Boemia desenvolve sua posição filosófica nas epístolas trocadas com Descartes, onde argumenta que por coerência aos princípios defendidos pelo interlocutor a alma deveria ser concebida materialmente. A comunicação da alma com o corpo é argumentada por outra via na perspectiva de Leibniz, que envereda uma saída espiritualista para o problema, ao tornar o corpo agregado de substâncias inferiores em vez de tornar a alma material.
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