Author:
Monteiro Hélio Junior Lima,Corval Artur,Roldão Debora Grala,Teixeira Mozart Henrique
Abstract
Uma unidade extrusiva ácida neoarqueana inserida na sequência metavulcanossedimentar (~2,76 Ga) do Grupo Grão Pará, Supergrupo Itacaiúnas, sendo representada por derrames basálticos sotopostos e sobrepostos a jaspilitos, riolitos, rochas vulcanoclásticas e diques/sills de gabros são subordinados, estando assim inserida no distrito Serra Sul na Província Mineral de Carajás, Pará. Este trabalho visa o entendimento dos processos ígneos envolvidos na gênese desta rocha ácida inserida concordamente nas formações ferríferas bandadas da Formação Carajás (FC), apoiados em dados de campo, petrográficos e geoquímicos. Inserida na sequência metavulcanossedimentar do Grupo Grão Pará (Domínio Carajás), os riolitos, rocha menos abundante na FC, ocorrem como derrames de lavas concordantemente ao longo do bandamento composicional da formação ferrífera bandada. O estudo dos testemunhos de sondagem de cinco furos estratigráficos que interceptam rochas ácidas da FC no corpo S11D (Serra Sul) demonstrou que estas rochas atingem pequenas espessuras. Os riolitos são vermelhos claros, porfiríticos, finos a médios e holocristalinos. Apresentam textura ígnea preservada sendo comumente inequigranular porfirítica. Seus constituintes primários essenciais são o quartzo e os feldspatos potássicos, os acessórios são o zircão, rutilo, apatita e minerais opacos além de secundários como muscovita, sericita e a clorita. Em geral, a rocha vulcânica estudada destaca-se pelo conteúdo de SiO2 entre 56,20 e 72,30 %peso, teores de CaO entre 0,01 e 0,06 %peso, com teores de K2O entre 1,10 e 3,76 %peso, TiO2 <1.0 %peso, MgO entre 0,19 e 4,06 %peso, Fe2O3t entre 7,75 e 22,20 %peso. Com base na litogeoquímica, as amostras foram classificadas como riolitos e dacitos na série subalcalina. Os riolitos da FC foram formados, provavelmente, em ambiente intraplaca continental e arco vulcânico, sendo estes pós-colisionais e com misturas de fontes, houve também contribuição de material crustal e mantélico com influência de zonas de subducção. Portanto, a Bacia Grão-Pará provavelmente foi formada em regime convergente relacionado a um ambiente do tipo subducção. No diagrama multielementar de elementos-traço e ETRs as rochas da FC apresentam um empobrecimento em LILEs (Rb, Ba, Sr, Ce) em relação aos HFSEs. As anomalias negativas de Sr, P e Ti são notáveis, além de anomalias negativas de Nb e K.
Publisher
Universidade Federal do Parana
Subject
General Earth and Planetary Sciences