Author:
Dorow Reney,Uller-Gómez Cíntia,Bauer Elaine
Abstract
A agricultura brasileira se desenvolve entre extremos: de um lado, sistemas retratados como de alta produtividade e eficiência e, do outro, sistemas tradicionais ditos de subsistência, muitas vezes estigmatizados como ineficientes e ambientalmente degradantes. Neste artigo, apresentamos uma discussão acerca da revalorização do sistema tradicional de produção denominado roça de toco, no Município de Biguaçu, SC. Apresentamos também as estratégias para acessar mercados diferenciados, que foram implementadas com base em inovação e organização coletiva dos agricultores. Essa transformação partiu do conhecimento das verdadeiras preocupações e anseios dos agricultores praticantes do sistema. Estas preocupações e anseios trabalhados em um processo participativo de planejamento, resultaram em inovações organizacionais, de gestão e de produto. Por meio de cooperação interinstitucional, houve uma reinterpretação e valorização da roça de toco, o que se expressou pela regularização ambiental do sistema e pela criação de uma marca coletiva denominada “Valor da Roça”. O uso da marca tem auxiliado na diminuição da assimetria informacional e no aumento da renda dos agricultores. Em síntese, converteu-se um sistema contestado e desvalorizado socialmente em um sistema de produção ambientalmente responsável e reconhecido por seu diferencial em mercados de maior valor agregado.
Publisher
Universidade Federal do Parana
Subject
General Environmental Science,Geography, Planning and Development
Cited by
1 articles.
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