Abstract
Uma das dificuldades que sempre afetaram o mundo do pianista solista é a memória. Existem muitos estudos e teorias sobre a memória que concluem que, de facto, a memória influencia a performance (Palmer, 2012). Desde os grandes pianistas até aos estudantes de piano, a prática de tocar de memória pode ser causa de stress e de situações embaraçosas em contextos de concertos. Por esse motivo muitos músicos, e não só, escreveram sobre as técnicas de memorização e sobre a melhor maneira de enfrentar esta situação. Isto implica, claramente, mais trabalho e pode ser limitativo para o repertório individual do pianista. Podem, então, as novas tecnologias ir ao encontro desse problema? Podemos ter o mesmo resultado, com a liberdade necessária no palco, de tocar mais tranquilos e ter um repertório disponível mais vasto? Este artigo fala acerca da memória do pianista na sua vertente de solista (não serão, portanto, abordados aspetos relativos aos pianistas acompanhadores ou em contexto de música da câmara) apresenta um panorama histórico da execução de memória, desde os seus inícios até os dias de hoje, assim como as tecnologias atualmente disponíveis. Neste sentido, é proposto o uso de uma ferramenta de apoio à memória do pianista no século XXI: a Memória 2.0.
Reference22 articles.
1. Agrillo, C. (2013). L'esperienza concertistica e i processi neurocognitivi. Carocci editore.
2. Bache, C. (2013). Brother musicians: Reminiscences of Edward and Walter Bache. Cambridge University Press.
3. Baddeley, A. (1992). La memória umana. Il Mulino.
4. Busoni, F. (13 junho 2020). Del suonare a memoria. Ferruccio Busoni Website. https://www.rodoni.ch/busoni/saggi/suonarememoria.html
5. Cappelletto, S. (13 junho 2020). Suonare a memória suonare con l’anima. La Stampa. https://www.lastampa.it/cultura/2016/06/16/news/suonare-a-memoria-suonare-con-l-anima-1.34984420