Abstract
O presente artigo expõe uma reflexão sobre o vídeo enquanto meio de expressão artística e dos seus limites no campo da imagem audiovisual.
Para tal, analisamos a sua evolução, sobretudo a partir dos finais do século XX, e a sua relação com outras práticas artísticas dos media art. Com efeito, debruçamo-nos sobre a ontologia da imagem, quer seja fílmica ou videográfica, tentando propor uma exploração territorial nos domínios da imagem audiovisual, perante a implicação dos avanços tecnológicos que alavancam os campos estéticos, concetuais e de representação.
Pretende-se perceber a existência de convergências interdisciplinares e interculturais nos contextos das práticas artísticas da media art. Concentramo-nos nas possíveis distinções entre os média de vídeo, televisão e cinema, principalmente no cruzamento das fronteiras da classificação dos géneros de “média arte”, “cultura visual” ou “imagem digital média” e da expansão do espectro temático dos mesmos. Este trabalho sublinha algumas ideias em que o vídeo e a televisão partilham a ontologia da imagem e confere-se de que modo as implicações estéticas, técnicas e culturais foram relevantes para o resultado de algumas obras e para a interpretação visual das mesmas. Deste modo, articula-se oposição entre a produção sintética e o material estético. Mediante a seleção de alguns artistas, este estudo procura explorar a possibilidade de novas formas artísticas contribuírem para a configuração da imagem interativa e do seu papel na evolução do audiovisual.
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