Affiliation:
1. Departamento de Ortopedia, Ohio State University College of Medicine, Columbus, Ohio, Estados Unidos
2. Departamento de Ortopedia, Jameson Crane Sports Medicine Institute, The Ohio State University Wexner Medical Center, Columbus, Ohio, Estados Unidos
Abstract
Resumo
Objetivo Investigar se os pacientes submetidos à artroplastia total anatômica do ombro (ATAO) entre janeiro e março de 2020 tiveram resultados pós-operatórios diferentes dos pacientes operados em 2019. Nossa hipótese é a de que os pacientes de 2020 teriam menos acesso à fisioterapia (FT) e apresentariam desfechos pós-operatórios diferentes.
Métodos Foram analisados os prontuários de pacientes submetidos à ATAO de 1° de janeiro de 2019 a 17 de março de 2019 e de 1° de janeiro de 2020 a 17 de março de 2020. Os dados dos pacientes, incluindo informações demográficas, amplitude de movimento (ADM), força e FT foram coletados e comparados entre os dois grupos. Os pacientes de 2020 foram contatados por telefone durante outubro de 2022, e as métricas relatadas por eles pacientes foram coletadas.
Resultados Este estudo identificou 24 pacientes em 2019 e 27 pacientes em 2020 que foram submetidos à ATAO durante o período especificado e tiveram acompanhamento mínimo de 1 ano. Os pacientes em 2019 apresentaram melhoras na ADM de elevação anterior (EA; 125,4° a 146,7°; p = 0,008), rotação externa (RE; 33,0° a 47,7°; p < 0,001) e rotação interna (RI; S1 a L4; p = 0,019). Os pacientes em 2020 também apresentaram melhoras significativas de EA (120,2° a 141,1°; p = 0,009), RE (32,9° a 42,0°; p = 0,037) e RI (S1 a L3; p = 0,002). Os pacientes de 2020 terminaram a FT mais cedo (2019: 125,8 dias; 2020: 91,1 dias; p = 0,046) e fizeram menos sessões (2019: 21,4 sessões; 2020: 13,1 sessões; p = 0,003). No acompanhamento final, os pacientes de 2020 relataram uma pontuação média de dor na Escala Visual Analógica (EVA) de 1,67 ± 1,1.
Conclusão Apesar da menor realização de FT, os pacientes submetidos à ATAO em 2020 apresentaram melhoras significativas na ADM e na força e foram comparáveis aos pacientes de 2019.