Abstract
Discuto formas de narrar um território a partir das vozes do coletivo político-cultural Comunidade Cultural Quilombaque com o objetivo de analisar como uma contra-narrativa disputa os significados do território com a narrativa dominante. Articulo as literaturas sobre contra-narrativas, que foca na construção de enredos que se contrapõe às formas dominantes, e sobre ação pública, central para enfatizar o papel de indivíduos, grupos e movimentos na construção do que se entende como público, para cumprir com a tarefa de interpretar as formas pelas quais os atores se mobilizam para contrapor sua narrativa ao discurso dominante sobre o território periférico. Utilizei entrevistas em profundidade com lideranças do coletivo e da análise de material secundário com o qual foi possível ler as formas pelas quais o movimento se narra. É a partir de uma outra forma de narrar seu território que conseguem fazer emergir as potencialidades.
Publisher
Universitat Autonoma de Barcelona