Abstract
A presente pesquisa teve como objetivo explorar os processos de construção da identidade racial de crianças brasileiras. Trata-se de um estudo transversal, desenvolvido a partir da replicação de um estudo. Participaram trinta crianças, com idades entre 9 e 13 anos, sendo 33% brancos, 50% pardos e 17% negros. Foram realizadas entrevistas semiestruturadas e como material de estímulo, fotografias de crianças reais brancas, pardas e negras, de ambos os sexos, tomando como medida de análise, a autocategorização e preferência racial das crianças. Como resultado, o estudo apontou para uma tendência ao autobranqueamento, onde a criança branca foi indicada como preferida e detentora de características socialmente favoráveis, enquanto a criança negra foi preterida. O estudo demonstra que as crianças são agentes ativos na construção de suas identidades raciais e que a cor de pele destas incide efeitos significativos no processo, cujo debate precisa ser ampliado e democratizado.
Publisher
Universitat Autonoma de Barcelona
Subject
Psychology (miscellaneous)