Abstract
O presente artigo discute a financeirização do meio ambiente, que surgiu em paralelo ao Estado neoliberal. Os estados, ainda que atores centrais, têm perdido cada vez mais protagonismo na formulação e na condução das políticas públicas de proteção ambiental, que buscam mitigar os efeitos das mudanças climáticas. Na primeira parte do artigo, é apresentado o debate teórico acerca da financeirização da natureza. Na segunda parte, analisa-se como essa tendência se materializa. Para tanto, são apresentados os resultados da última Conferência das Partes (COP-26), realizada em Glasgow, no Reino Unido, em novembro de 2021, destacando o Pacto Climático de Glasgow, a Declaração dos Líderes de Glasgow sobre Florestas e o Uso do Solo e Coalizão LEAF.
Publisher
Universidade Federal do Espirito Santo
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