Author:
Dos Santos Keite Helen,Bastos de Paula Silvia Helena
Abstract
A amamentação pode ser entendida como um processo natural, se pensarmos que todas as mulheres podem produzir leite e oferecer esse alimento completo aos filhos de modo exclusivo até pelo menos seis meses, sendo recomendada a oferta de leite materno até os dois anos de idade ou mais. Porém, há alguns obstáculos para que os índices de aleitamento materno se tornem desejáveis, sendo necessário investir em novas estratégias que tornem viável a amamentação. O propósito do estudo foi analisar a percepção dos enfermeiros de Jaguariúna quanto aos fatores que influem na implementação de ações pró-amamentação. Trata-se de uma pesquisa qualitativa, ancorada no referencial teórico foucaultiano. A coleta de dados foi realizada por meio de entrevistas com 12 enfermeiros da rede básica que atuam na assistência ao binômio mãe-bebê. Ao identificar a percepção dos profissionais sobre as estratégias de implementação da amamentação, foi possível compreender a configuração das relações de poder e como a biopolítica da amamentação pode intervir na organização do processo de trabalho dos serviços de saúde, fortalecendo o trabalho em equipe, o respeito à autonomia dos indivíduos e a responsabilização de todos os profissionais para o sucesso de ações pró-amamentação.
Publisher
Instituto de Saude da Secretaria de Estado da Saude de Sao Paulo
Reference21 articles.
1. World Health Organization and the United Nations Children’s Fund. Protecting, promoting and supporting breastfeeding in
2. facilities providing maternity and newborn services: the revised Baby-friendly Hospital initiative: 2018 implementation guidance: frequently asked questions. 14 p. [acesso em 20 ago 2023]. Disponível em: https://www.who.int/publications/i/item/9789240001459
3. Santos KH. Desafios e estratégias para implementação de ações pró-amamentação na Atenção Básica, sob a percepção dos enfermeiros [dissertação]. São Paulo: Programa de Pós-graduação em Mestrado Profissional em Saúde Coletiva do Instituto de Saúde; 2020.
4. Brecailo MK, Tamanini M. Amamentar, cuidar, maternar: regulações, necessidades e subjetividades. Demetra. 2016; 11(3): 825-846.
5. Victora CG, et al. Breastfeeding in the 21st century: epidemiology, mechanisms, and life long effect. Lancet [internet]. 2016 [acesso em 20 abr 2019]; 387: 475 - 90. Disponível em:http://www.thelancet.com/pdfs/journals/lancet/PIIS0140-6736(15)01024-7.pdf