Abstract
Este artigo refere-se à aula ministrada no curso de Serviço Social (UFBA) sobre Epistemologias do Sul e vem com o objetivo de dialogar e contextualizar como, historicamente, as reinvindicações e atuação frente às negligências à Saúde da População Negra no cenário pré e pós-abolicionista, comungam com os ideários e ações que constituíram o Movimento Brasileiro de Reforma Sanitária. Sob a luz da perspectiva histórica de consolidação do Sistema Único de Saúde (SUS) e dos apontamentos dos movimentos sociais negros e das normativas internacionais de acesso à saúde como direito fundamental, ressalto a importância das discussões sobre raça, racismo e saúde para o fortalecimento das ações empreendidas em prol de um SUS equânime. Ainda sobre a Saúde da População Negra, desloco os olhares para as práticas que evidenciam um grande esforço contra-hegemônico na garantia de direitos e na redução das graves iniquidades raciais vivenciadas pela população negra dentro do Sistema Único de Saúde.
Publisher
Universidade Estadual de Londrina
Subject
General Agricultural and Biological Sciences
Reference34 articles.
1. AKOTIRENE, Carla. Interseccionalidade. São Paulo: Pólen, 2019.
2. BATISTA, Luis Eduardo; BARROS, Sônia. En¬frentando o racismo nos serviços de saúde. Caderno de Saúde Pública, Rio de Janeiro, v. 33, p. 1-5, 2017.
3. BIRMAN, Joel. A physis da saúde coletiva. Physis: Revista de Saúde Coletiva, Rio de Janeiro, v. 1, n. 1. p. 7-11, 1991.
4. BITTENCOURT, Isaiane Santos; VILELA, Alba Benemérita Alves; NUNES, Emanuelle Caires Dias A. Políticas públicas de saúde no Brasil: evolução histórica. Enfermagem Brasil, Pernambuco, v. 10, n. 2, p. 131-136, 2011.
5. BRASIL. Portaria nº 992, de 13 de maio de 2009. Institui a política nacional de saúde integral da população negra. Brasília, DF: Ministério da Saúde, 2009.