Abstract
Este artigo busca discutir o campo educacional no Antropoceno, época na qual a presença humana, sobretudo nos últimos 2 séculos, vem provocando impactos catastróficos na vida do planeta. Para tal, problematiza a tradição ocidental moderna de pensamento, que coloca o humano (um tipo de humano) na centralidade do mundo e não considera que os demais seres possuem historicidade e, portanto, como seres agentes. Toma a floresta como um entre-lugar que permite elaborar outras e novas estratégias de subjetivação neste mundo em ruínas. Por fim, explora algumas possibilidades de composição entre o campo educacional, notadamente regido por uma visão eurocêntrica de mundo, e o pensamento ameríndio, como forma de conjecturar um outro mundo possível para humanos e extra-humanos.
Publisher
Universidade Estadual de Londrina
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