Abstract
O oeste de Santa Catarina era ocupado por grupos indígenas e por caboclos até a chegada de outros migrantes e imigrantes, no século XX. Os espaços ocupados por campos e florestas foram descritos como sertões, por não abrigarem uma prática agrícola convencional à sua época. O objeto do presente artigo é analisar os usos e o processo de ocupação das áreas florestais do oeste de Santa Catarina de 1920 a 1960, quando se verifica o “fechamento” dessa fronteira. Para isso, analisou-se uma variada tipologia de fontes, em diálogo com a História Ambiental. O avanço da colonização foi responsável pela diminuição dos espaços dominados pela floresta, que passam a ser ocupados pela agricultura e pela criação de animais. Ambos foram os principais elementos responsáveis pela formação e consolidação do setor agroindustrial na região.
Funder
Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação do Estado de Santa Catarina
Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico
Universidade Federal da Fronteira Sul
Publisher
Universidade Estadual de Londrina
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