Abstract
Argumentamos neste ensaio que, a despeito do racismo acadêmico-epistêmico, as contra-histórias são metodologias de resistência necessárias em projetos de educação em ciências emancipadores e comprometidos com a democracia. As escritas e as oralidades, forjadas e articuladas nas lutas e nas vivências de povos originários e de comunidades negras e quilombolas na América Latina, propõem outros futuros em que a superação do racismo institucional e epistêmico ancora-se na reescrita do passado das ciências. A história da ciência e a educação científica só serão capazes de construir outros futuros se estiverem preparadas para reconhecer as epistemes e as cosmologias ameríndias e amefricanas.
Publisher
Sociedade Brasileira de Historia da Ciencia
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Cited by
2 articles.
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