Abstract
O sistema acadêmico alemão passou por diversas transformações no início do século XIX, e esse movimento teve implicações importantes no ensino da medicina no mundo. Isso porque ele passou a valorizar cada vez mais a prática em laboratório como forma de estudar fenômenos próprios do organismo humano. A medicina acadêmica brasileira não ficou alheia a essas mudanças e durante quase todo aquele século procurou adequar os currículos de suas faculdades às exigências modernas, baseadas majoritariamente em princípios do sistema alemão. Este artigo analisa as bases de alguns dos principais elementos do modelo germânico de ensino superior, como eles moldaram o ensino da medicina e a produção de conhecimento científico, e de que maneira ecoaram nas reformas educacionais empreendidas no Brasil ao longo do século XIX e início do XX.
Publisher
Sociedade Brasileira de Historia da Ciencia
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