Author:
Da Silva Isadora Dávila,Silva Nunes Michelle,Mariz Batista Almária
Abstract
A adaptação de formas farmacêuticas orais para uso via sonda enteral é necessária diante da escassez de formulações, especialmente para pacientes pediátricos, pacientes com transtornos de deglutição e pacientes críticos internados em UTI. É necessária a avaliação do farmacêutico quando há necessidade de adaptar forma farmacêutica, para constatar se realmente é permitido fazê‑lo, se não há alternativa terapêutica disponível e, em caso de viabilidade de adaptação, realizar o procedimento. O estudo teve como objetivo a avaliação do processo de padronização de medicamentos administrados via oral que podem ser adaptados para administração via sonda enteral. Para isso, foi utilizada como base a lista de padronização de medicamentos da Maternidade Escola Januário Cicco e a consulta foi realizada nas fontes Micromedex, Dynamed, Handbook of Drug Administration via Enteral Feeding Tubes e Drugs.com. Das 68 formas farmacêuticas orais (63 princípios ativos), 76,47% podiam ser adaptadas e administradas por sonda enteral e para 13,23% não foram encontrados dados na literatura acerca da viabilidade da adaptação destas formas farmacêuticas. Além disso, 23,80% dos medicamentos possuíam vias alternativas de administração. Foram encontradas 46 interações medicamento‑alimento, sendo 15,22% da categoria Importante, 63,04% Moderada e 21,74% Menor/Secundária. As informações sobre adaptações de formas farmacêuticas para administração via sonda enteral ainda são escassas na literatura, sendo, portanto, imprescindível a compilação das informações disponíveis acerca do tema, uma vez que a não observância destas pode comprometer a segurança do paciente.
Publisher
Conselho Federal de Farmacia
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