Abstract
O presente texto se dedica a discutir questões em torno do processo de gramatização da língua guarani no Paraguai, tomando como ponto de partida (não no sentido de originário) o período colonial, para, então, propor uma leitura sobre o status da língua guarani em situação de plurilinguismo naquele momento histórico. Para tal, busca-se, a partir dos pressupostos teóricos da Análise de Discurso (MARIANI, 2004, 2007; ORLANDI, 2008 [1990]), em seu entrelaçamento com as discussões propostas por Auroux (2009 [1992]) no campo dos estudos da História das Ideias Linguísticas, mobilizar algumas noções sobre o lugar das línguas indígenas, em especial da língua guarani, e dos indígenas em sua relação com a catequese e com outros agentes deste processo histórico, os freis católicos, a partir do ensino da religião e pela produção de gramáticas das línguas americanas no período colonial. Por esta perspectiva, lançaremos luz sobre as discussões de Melià acerca das gramáticas da língua guarani de Alonso de Aragona e de Antonio Ruiz de Montoya. Com esta análise, buscamos compreender como se deram as condições de gramatização da língua guarani no âmbito das reduções no Paraguai para além das questões formais da língua, focando nosso gesto de interpretação sobre os sentidos produzidos a partir da historicidade deste processo.
Publisher
Pro Reitoria de Pesquisa, Pos Graduacao e Inovacao - UFF
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