Abstract
Brasil e Moçambique são países ligados pela mesma língua materna, por processsos de colonização, pela literatura, arte e imigração. Ao mesmo tempo, se constroem por bases históricas, culturais, etapas colonizatórias e trajetórias particulares. Em meio às suas dissonâncias e encontros, partilham histórias de vidas e desafios estruturais. O que pode Moçambique, com raízes em África, e a América Latina brasileira compartir e ensinar uma a outra? A educação tem sido uma linguagem referencial de comunicação entre ambos os países, e o contexto da Covid-19 muito os afetou nesse setor. Historicamente, Moçambique e Brasil intercambiam estudantes, especialmente pelo impulso fornecido pela Década Internacional dos Afrodescendentes (2015-2024), decretada pela ONU. A cooperação internacional África-Brasil/Brasil-África fortifica as bases de uma troca intelectual e coloboração sistêmica de um pacto Sul-Sul, em contante expansão e aprofundamento. Em março, Brasil e Moçambique decretaram a quarentena para seus cidadãos, com o encerramento das atividades escolares para evitar a propagação do novo coronavírus nos países. Nessa entrevista, concedida pelo Professor Doutor Jorge Ferrão, Reitor da Universidade Pedagógica de Maputo (UPM) - a primeira universidade pública criada no pós-independência - nos abre uma miríade de questões e diálogos importantes para pensarmos o que conecta e distancia as realidades moçambicanas e brasileira; seus respectivos desenvolvimentos político-sociais e suas particularidades; o impacto da pandemia na educação em Moçambique e como podemos pensar sobre novas propostas educacionais. Isso tudo ao nos contar sua trajetória profissional e como se entrelaçam com os eventos históricos.
Publisher
Pro Reitoria de Pesquisa, Pos Graduacao e Inovacao - UFF
Cited by
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