Abstract
O artigo possui enquanto objetivo realizar uma reflexão em torno das escalas, para esse propósito, primeiramente, faz-se uma diferenciação entre escala cartográfica, escala geográfica e política de escala. Em seguida, detém-se sobre as teorizações sobre a política de escala tendo como premissa as concepções da economia política e do pós-estruturalismo, que remetem a uma reflexão ontológica e epistemológica da escala. Por fim, o trabalho analisa as contribuições de Cox (1998), Brenner (2000; 2001) e Smith (2000, 2002, 2004) para compreender a escala enquanto produto social, dinâmico, mutável, multidimensional que apresenta uma face zonal, mas igualmente reticular, além de ser resultado e resultante de uma prática social e construção discursiva que viabiliza o exercício do poder, o qual não ocorre seguindo uma hierarquia tradicional e estática pautada na direção do global para o local, pois o último também pode interferir no primeiro. Assim, a política de escala é mobilizada tanto pelos agentes hegemônicos, quanto pelos movimentos sociais para potencializarem as suas lutas pelo/no território.
Publisher
Pro Reitoria de Pesquisa, Pos Graduacao e Inovacao - UFF