Abstract
Este trabalho tem por objeto indicar a vinculação da política de formação de professores, formalizada na Resolução do CNE/CP n.o 2, de 20 de dezembro de 2019, com o conjunto das reformas curriculares em curso no Brasil, no contexto da agenda político-econômica neoliberal. Portanto, objetiva indicar as principais caracterizações exigidas à BNC-Formação no contexto de uma agenda de reformismo curricular mediada pela expressão atualizada da sociabilidade do capital. Metodologicamente, o trabalho se estrutura na abordagem crítica com aporte teórico nas categorias alienação e práxis sociais, a partir da concepção de István Mészáros (2006; 2008) e Karel Kosik (1976). A pesquisa identifica as reformas curriculares em curso no Brasil, inclusive a atual reforma expressa na BNC-Formação, como movimentos formativos alinhados ao ordenamento espelhado pela agenda neoliberal para a educação, bem como o controle sistemático das políticas de formação de professores, a partir da práxis social mediada ética e ideologicamente pelo capital.