Abstract
Todo pesquisador que na juventude cometeu a audácia de estudar uma região de seu pais — de grande ou pequeno espaço, de longa ou curta história — aspira retornar muitos anos depois, a fim de reexaminar os fatos observados e revisar a nova conjuntura, criada por forças da dinâmica social e pela atuação de fatores até certo ponto imponderáveis. Para um geografo, voltar a uma região do grande interior brasileiro, e um ato de revisão das paisagens e espaços, a nível do físico, ecológico e social. Mas também a oportunidade de se questionar a si próprio, em termos de mudança de ótica de observação e do modo de perceber os sistemas de relações entre grupos humanos e meios g geográficos em mudança. Temos a impressão que retornar a regiões pesquisadas no passado, em países de velhas e quase imutáveis estruturas agrarias, pode ser uma tarefa até certo ponto decepcionante. Pensamos, sobretudo, em alguns casos da rígida estrutura social e econômica da campanha francesa e de sua rede de velhas aldeias, resistentes a quase toda modernização e transformações. No caso do Brasil, porém, em áreas onde o arcaísmo cedeu lugar a uma modernização incompleta, a tarefa de retornar para reanalisar e, quase sempre, um projeto fadado a ser gratificante.
Publisher
Escola Nacional de Administracao Publica (ENAP)
Cited by
5 articles.
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